terça-feira, 18 de outubro de 2016

Luz de Yolanda

Ainda vejo Yolanda
Altiva e forte
Dominar o entorno
Com seu firme porte

Seus grisalhos curtos cabelos
Emoldurando-lhe as róseas faces
Pequenos olhos,
pois que deveriam ser
Somente olhos pequenos
Poderiam nos ver

Somente o olhar agudo,
arguto e penetrante
Desvelaria nossas almas
Simples e infantis

Minha Yolanda era brava
Aos quatro ventos gritava
Não eram ordens porém
Eram amores de alguém

Amores de mãe e avó
Amores sem um pingo de dó
Carinhos carregados de ira santa
Nos preenchiam de uma alegria tanta!

Italiana de corpo e alma
Sua presença me acalma
Num ponto lúcido da memória
Minha avó, Yolanda, ainda mora...

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Aceitação

Louco como a vida não vivida
Louco como a perda, como o ganho
Louco como só não tem tamanho
Louco de pedra e mó
Louco de dar dó!

Afia a faca na vida louca
No couro curtido do ser vivente
Revolta?! Não consciente...

Se me volto, revolto, é contra mim
Minha apatia, fuga que se inicia
Sempre, e sempre, e sempre

Fuga do mesmo
De mim mesmo
Da mesmice
Esquisitice? Quicá!

Correr para onde?
A luz se esconde
Correr para quê?

Onde quer que se vá
Sempre se está lá!
Me achei, agora só falta me aceitar...


domingo, 14 de fevereiro de 2016

Olhar masculino

Ao homem que ama, sua mulher é a mais bela.
Mais bela que a mais bela!
Não importa quão desnuda a fêmea figura...
Por mais que o olhar, do homem, lhe acompanhe o caminhar...
Puro instinto!
Sua amada será mais bela.
Coberta dos pés à cabeça, será mais bela.
Ao acordar, desgrenhada, será mais bela.
São olhos do coração!